A influência negativa de sistemas religiosos sobre o comportamento e a saúde mental: uma análise sob a ótica da psicologia do comportamento e da neurociência cognitiva

2 novembro, 2025

Introdução

As religiões exercem papel fundamental na formação de valores, identidade e coesão social. Contudo, observa-se que, sob determinadas configurações institucionais — marcadas por dogmatismo, autoritarismo e mecanismos de controle comportamental — elas podem também se tornar fontes de sofrimento psíquico.

Na prática clínica psicológica, tem-se observado o aumento de quadros de ansiedade e depressão relacionados à influência religiosa excessiva, sobretudo em pessoas que estão em processo de questionamento ou afastamento da religião. Tais indivíduos frequentemente relatam culpa, medo, dissonância interna e confusão de identidade. Esse fenômeno, embora subjetivo, possui explicações sólidas à luz da psicologia do comportamento, da teoria da dissonância cognitiva e da neurociência cognitiva.


1. Controle comportamental e manipulação cognitiva

Segundo Hommel e Colzato (2010), em Religion as a Control Guide, os sistemas religiosos funcionam como guias de controle cognitivo, oferecendo regras e recompensas por conformidade. O indivíduo passa a internalizar normas e valores externos, transformando o controle social em autocontrole rígido. Esse processo reduz a autonomia cognitiva e a flexibilidade comportamental, reforçando padrões de submissão e obediência.

Na clínica, esse controle se manifesta em discursos internalizados de culpa (“se eu pensar diferente, peco”), medo da punição divina e comportamentos de evitação (por exemplo, evitar terapias ou ambientes percebidos como “contra a fé”). Tais padrões configuram um condicionamento operante socialmente reforçado, conforme o modelo comportamental clássico (Skinner, 1953), no qual o comportamento religioso é mantido por recompensas simbólicas (aceitação, salvação, pertencimento) e punições (culpa, exclusão, medo).


2. Dissonância cognitiva e sofrimento psíquico

Leon Festinger (1957) descreveu a dissonância cognitiva como o desconforto mental que surge quando uma pessoa mantém crenças ou atitudes contraditórias. Em contextos religiosos, esse conflito é comum quando o indivíduo começa a questionar dogmas ou práticas, mas sente que duvidar é moralmente errado.

Estudos experimentais (Proulx & Heine, 2010; Tavory, 2011) demonstram que a religião frequentemente oferece “narrativas redutoras de dissonância”, em que respostas prontas substituem a reflexão crítica. No entanto, quando o sujeito tenta se afastar do sistema religioso, a rede cognitiva construída sobre a fé entra em colapso parcial, e o indivíduo experimenta aumento de ansiedade, confusão existencial e sintomas depressivos.

Clinicamente, isso se manifesta em relatos como:

“Se eu deixar de acreditar, perco o meu sentido de vida.”
“Sinto culpa por não querer mais ir à igreja.”
“Parece que algo ruim vai acontecer comigo.”

Essas expressões revelam o conflito entre a autonomia emergente e o condicionamento anterior, onde a dissonância cognitiva se transforma em sofrimento emocional concreto.

3. Base neurocognitiva da crença e da rigidez mental

A neurociência cognitiva fornece evidências de que as crenças religiosas estão relacionadas a áreas do cérebro envolvidas em processamento moral, autocontrole e teoria da mente, como o córtex pré-frontal medial, o cíngulo anterior e o sistema límbico (Kapogiannis et al., 2009).

Pesquisas indicam que a ativação intensa de redes religiosas pode reduzir a flexibilidade cognitiva (Colzato et al., 2008; Zmigrod et al., 2018). Em termos comportamentais, isso se traduz na dificuldade de o indivíduo reinterpretar experiências sob novos referenciais, o que agrava a ansiedade e o medo quando há tentativa de ruptura com o grupo religioso.

O córtex pré-frontal ventromedial, responsável pela autorregulação emocional e tomada de decisão, também se associa a crenças rígidas (Asp et al., 2012). Assim, quanto mais internalizado o sistema religioso, mais automática e emocionalmente carregada se torna a resposta frente a estímulos contraditórios, como dúvidas ou mudanças de crença.

4. Adoecimento psicológico e fenômeno da culpa religiosa

Na prática clínica, observa-se que o rompimento com instituições religiosas controladoras pode deflagrar crises de ansiedade, depressão e sentimentos de vazio. Esses sintomas decorrem do rompimento com um sistema que antes fornecia previsibilidade, pertencimento e sentido existencial.

Além disso, o indivíduo passa a experimentar o fenômeno conhecido como culpa religiosa internalizada (Exline et al., 2011), que se manifesta por pensamentos recorrentes de indignidade, medo de punição e vergonha espiritual. Essa culpa, quando cronicamente ativada, aumenta os níveis de cortisol e ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), intensificando sintomas ansiosos e depressivos (Koenig, 2012).

Do ponto de vista comportamental, a culpa atua como estímulo aversivo que mantém o sujeito preso ao ciclo de submissão e autocensura, mesmo quando cognitivamente ele já não acredita integralmente nas normas religiosas.

5. Considerações clínicas e implicações terapêuticas

A compreensão dos mecanismos psicológicos e neurocognitivos subjacentes à influência religiosa permite ao psicólogo clínico:

  • identificar padrões de condicionamento e dissonância associados à fé;

  • trabalhar a culpa e o medo religioso como emoções aprendidas e não como verdades absolutas;

  • promover autonomia cognitiva, flexibilidade comportamental e reconstrução de sentido de vida fora da estrutura dogmática;

  • acolher o sofrimento sem patologizar a religiosidade em si, mas diferenciando a fé saudável de religiosidade controladora.

Na experiência clínica recente (observada pela autora), há aumento significativo de pacientes que, ao tentarem se desvincular de práticas religiosas rígidas, apresentam sintomas de ansiedade e depressão. Esses casos reforçam a necessidade de o profissional compreender as interfaces entre crença, dissonância cognitiva e comportamento, para atuar de forma ética e baseada em evidências.

Conclusão

A religião, enquanto fenômeno sociocultural e psicológico, pode tanto favorecer o bem-estar quanto servir de instrumento de controle e adoecimento. Quando utilizada de forma manipuladora, promove controle comportamental, redução da flexibilidade cognitiva, culpa internalizada e dissonância cognitiva intensa, especialmente nos indivíduos em transição de crença.

A psicologia do comportamento e a neurociência cognitiva permitem compreender como tais mecanismos operam e oferecem recursos clínicos para reconstrução da autonomia psíquica e emocional, reduzindo o impacto negativo da influência religiosa sobre a saúde mental.


Referências

  • Asp, E., Ramchandran, K., & Tranel, D. (2012). The ventromedial prefrontal cortex and religiosity. Frontiers in Behavioral Neuroscience.

  • Colzato, L. S., Hommel, B., & van den Wildenberg, W. P. (2008). Religious beliefs and cognitive control: Evidence from the Simon task. Cognition.

  • Exline, J. J., et al. (2011). Religious and spiritual struggles. Psychology of Religion and Spirituality.

  • Festinger, L. (1957). A Theory of Cognitive Dissonance. Stanford University Press.

  • Hommel, B., & Colzato, L. (2010). Religion as a Control Guide. Zygon Journal.

  • Kapogiannis, D. et al. (2009). Cognitive and neural foundations of religious belief. PNAS.

  • Koenig, H. G. (2012). Religion, spirituality, and health: The research and clinical implications. ISRN Psychiatry.

  • Zmigrod, L., et al. (2018). Cognitive inflexibility and religious fundamentalism. Journal of Experimental Social Psychology.


 

Dissonância Cognitiva e a Era Digital: Uma Análise da Influência, Identidade e Conformidade

17 setembro, 2025

Em um mundo globalizado, somos constantemente bombardeados por uma avalanche de informações que moldam nossa percepção da realidade. No entanto, o cérebro humano tem limitações para processar tudo isso de forma coerente. O resultado? Conflitos internos que surgem ao tentarmos conciliar nossas crenças com o que vemos e vivemos.

O que é Dissonância Cognitiva?

A dissonância cognitiva é o desconforto psicológico que sentimos quando percebemos uma contradição entre nossas ações e nossas crenças. Para aliviar essa tensão, nosso cérebro nos leva a justificar ou racionalizar nossas escolhas, mesmo que elas contradigam o que sabemos ser verdade. Esse fenômeno, identificado pelo psicólogo Leon Festinger na década de 1950, mostra como nossa mente busca a consistência a todo custo, mesmo que isso signifique distorcer a realidade.

Um exemplo clássico e fascinante desse fenômeno é o caso de um grupo liderado por Dorothy Martin nos anos 1950. Eles acreditavam que desastres iminentes iriam ocorrer, mas quando as profecias não se concretizaram, em vez de questionarem suas crenças, eles as reforçaram. O grupo reinterpretou os eventos para justificar sua fé, mostrando a força da dissonância e a tendência humana de proteger o que já acreditamos.

A Dissonância Amplificada pela Tecnologia e Religião

Hoje, a dissonância cognitiva é ainda mais potente, impulsionada pelas mídias sociais e narrativas extremistas. O que acontece na internet amplifica essa tendência de várias maneiras:

  • Bolhas de Filtro e Câmaras de Eco: Algoritmos nos mostram apenas conteúdos que reforçam nossas crenças, criando uma "realidade virtual" isolada. Essa falta de exposição a ideias diferentes torna o mundo mais polarizado e reduz a chance de questionarmos nossas próprias visões.
  • Compartilhamento Seletivo: Na internet, compartilhamos apenas o que se alinha com nossa visão de mundo. Isso não só reforça nossa identidade, mas também solidifica nossa bolha, tornando o diálogo com o "diferente" cada vez mais difícil.

Onde a religião se encaixa? Embora a fé possa ser uma fonte de propósito e comunidade, ela também pode amplificar a dissonância. Crenças religiosas profundas podem ser tão firmes que, quando confrontadas com evidências contraditórias, a pessoa pode entrar em um estado de negação profunda. Por exemplo, quando dogmas religiosos são usados para justificar preconceitos, o fiel pode racionalizar suas ações para manter a coesão entre sua crença e seu comportamento, ignorando o impacto negativo de suas atitudes. Nesse contexto, a dissonância cognitiva é usada para proteger o sistema de crenças, mesmo que isso custe a empatia e a capacidade de autocrítica.

Essa manipulação digital e ideológica tem consequências profundas para nossa saúde mental e para a sociedade. Quando nos tornamos dependentes dos algoritmos que moldam nossas percepções, corremos o risco de nos tornarmos passivos, alienados, incapazes de distinguir entre o que é real e o que é fabricado.

Como nos Proteger?

É fundamental que reflitamos sobre o impacto das mídias sociais e de outras narrativas em nossas vidas. Precisamos ir além do consumo passivo e assumir o controle de nossas mentes. Para isso, podemos:

  • Questionar a origem das informações: Antes de aceitar algo como verdade, pense sobre quem está divulgando a informação e qual pode ser a motivação.
  • Buscar fontes diversas: Não dependa de uma única fonte ou tipo de conteúdo. Ler notícias de diferentes veículos, seguir pessoas com visões variadas e ouvir diferentes perspectivas ajuda a criar uma compreensão mais completa do mundo.
  • Manter o pensamento crítico: A capacidade de analisar e julgar informações de forma autônoma é a nossa principal defesa contra a manipulação.

A sociedade digital nos apresenta desafios inéditos, mas também a oportunidade de redefinir nossa relação com a informação. A chave está em usarmos a tecnologia de forma consciente, preservando nossa capacidade de pensar criticamente e agir com autenticidade. Afinal, a nossa mente e as nossas escolhas são as únicas coisas que realmente podemos controlar.

by Geórgia Lyma

Psicóloga Clínica e Escolar , Neuropsicóloga, Especialista em Gestão na Educação, Educadora Física, Profissional da Dança, Aplacadora Método ABA, Perita Judicial


 

O Poder Escondido através dos Brinquedos, Como eles moldam quem somos...

6 setembro, 2025


Longe de ser uma simples escolha de presente, a prática de dar bonecas a meninas carrega uma mensagem psicológica e subliminar que, por muito tempo, reforçou estereótipos de gênero.


Preparação para papéis sociais

A principal mensagem transmitida ao presentear uma menina com uma boneca é a de que ela está sendo preparada para os papéis de cuidadora e mãe. A boneca, muitas vezes, representa um bebê, e a brincadeira simula a maternidade. Essa dinâmica, reforçada ao longo de gerações, ensina a menina a cuidar, nutrir e proteger, assumindo responsabilidades historicamente associadas ao universo feminino.

Essa brincadeira de "faz de conta" com bonecas, carrinhos de bebê e casinhas, embora possa desenvolver habilidades como empatia e comunicação, também funciona como uma forma de internalizar o que a sociedade espera dela. Ela aprende, desde cedo, a associar seu valor e sua identidade a essas funções de cuidado, enquanto brinquedos como carros, blocos de montar e ferramentas, frequentemente direcionados a meninos, incentivam o desenvolvimento de habilidades de construção, exploração e liderança.


A influência dos padrões estéticos

Muitos brinquedos, como a Barbie, não são apenas objetos de brincar, mas também veículos de mensagens sobre o que a sociedade espera de meninos e meninas. No caso da Barbie, além do papel de cuidadora, muitas bonecas carregam a mensagem de que a aparência é fundamental para a identidade feminina.

Esses brinquedos frequentemente apresentam um padrão de beleza irrealista — com corpos magros, cabelos longos e roupas da moda — que pode influenciar a percepção corporal e a autoestima das meninas. A exposição a esses padrões pode gerar uma pressão para alcançar um ideal estético inatingível, contribuindo para a insatisfação com o próprio corpo e, em alguns casos, para o desenvolvimento de distúrbios alimentares e problemas de imagem corporal.

Não é só com as meninas que isso acontece. Os bonecos de super-heróis, por exemplo, muitas vezes moldam um comportamento de "macho poderoso e viril" que nunca pode perder suas batalhas. Esse tipo de representação pode impor uma pressão para que os meninos se sintam obrigados a serem fortes e invencíveis, reprimindo suas próprias emoções, o que pode ser prejudicial para a saúde mental.

A busca incessante por um padrão irreal pode levar a sentimentos de inadequação, ansiedade, depressão e, em casos mais graves, à ideação suicida. O Setembro Amarelo é um lembrete importante de que a saúde mental é tão vital quanto a física.


Quebrando estereótipos e expandindo potenciais

Vimos como bonecas e bonecos de super-heróis podem nos empurrar para padrões de beleza ou virilidade inatingíveis, afetando a saúde mental de crianças e adolescentes. Mas a boa notícia é que podemos quebrar esse ciclo.

Dar a uma menina um conjunto de ferramentas, um kit de ciências ou um carrinho, e dar a um menino uma boneca, é a forma mais simples e poderosa de permitir que eles desenvolvam todo o seu potencial, livres de mensagens subliminares que limitam suas escolhas e sua visão de mundo.


Bonecas, responsabilidade e afetividade

Quando meninas ganham bonecas, a brincadeira as estimula a criar um maior senso de responsabilidade e afetividade. Elas ensaiam o cuidado, a organização e o carinho. É por essa e outras razões que as mulheres, em geral, demonstram um amadurecimento mais rápido que os homens.

E aqui está o ponto crucial: se os meninos também brincassem de bonecas, eles desenvolveriam sua afetividade da mesma forma. Isso faria uma enorme diferença na vida adulta. Eles se tornariam homens capazes de cuidar de seus bebês em parceria com as mães: na troca de fralda, no banho, na papinha.

Essa ausência de incentivos ao cuidado e à responsabilidade na infância pode influenciar o desenvolvimento afetivo dos meninos. A falta de preparo, somada a outros fatores sociais e psicológicos, muitas vezes contribui para a dificuldade de expressar afeto e assumir responsabilidades na vida adulta, o que pode estar ligado a casos de abandono de filhos ao final de relacionamentos, por exemplo.

É hora de ver a boneca não apenas como um brinquedo "de menina", mas como uma ferramenta essencial para a paternidade e a afetividade de qualquer criança, independentemente do gênero.


 

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA PQ? QUANDO ? QUEM DEVE FAZER

18 agosto, 2025

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15 agosto, 2025


 

4 agosto, 2025

Agosto Lilás é uma campanha de conscientização e combate à violência contra a mulher. O mês foi escolhido para a campanha por marcar o aniversário da sanção da Lei Maria da Penha, a lei brasileira mais importante no enfrentamento a esse tipo de violência.


A campanha, que teve início em 2016, busca informar e sensibilizar a sociedade sobre os diferentes tipos de violência doméstica e familiar previstos na lei — física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. O objetivo é encorajar denúncias e mostrar que as vítimas não estão sozinhas. A cor lilás simboliza a luta e a resistência feminina, dando um rosto e um nome para a causa.

A violência contra a mulher não deixa apenas marcas físicas. Ela causa um impacto profundo na saúde mental, afetando a vida da vítima de diversas formas. Viver em constante medo, ter a autoestima destruída e ser isolada socialmente são fatores que podem levar a sérios problemas como:


Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): Reviver os traumas através de pesadelos e flashbacks.


Depressão e ansiedade: Sentimentos de tristeza profunda, desesperança, medo e preocupação constantes.


Baixa autoestima e isolamento social: A mulher pode se sentir culpada, incapaz e com vergonha, se afastando de amigos e familiares.


É essencial entender que esses são sintomas de uma violência sofrida, e não fraqueza. Procurar ajuda psicológica é um passo fundamental para a recuperação.


Onde procurar ajuda?

Existem diversas redes de apoio para as mulheres que sofreram violência, oferecendo acolhimento e assistência psicológica gratuita:


Ligue 180: A Central de Atendimento à Mulher não é apenas para denúncias, mas também para acolhimento e orientação sobre os serviços disponíveis na sua região.


Centros de Referência de Atendimento à Mulher (CRAMs): Presentes em várias cidades, esses centros oferecem atendimento multidisciplinar com psicólogos, assistentes sociais e advogados.


Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs): Além de registrar a ocorrência, a DEAM também pode encaminhar a vítima para a rede de apoio, incluindo atendimento psicológico.


Serviços do SUS: Em muitos casos, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte psicológico para vítimas de violência, através de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou unidades de saúde especializadas.


Universidades: Algumas universidades possuem clínicas de psicologia que oferecem atendimento gratuito ou a baixo custo, feito por estudantes sob supervisão de professores.


Lembre-se: pedir ajuda é um ato de coragem. Você não precisa enfrentar isso sozinha.

Por Geórgia Lima